quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PAULO FREIRE

Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco, uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de sobrevivência das classes populares. Trabalhou inicialmente no SESI (Serviço Social da Indústria) e no Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife.
Ele foi quase tudo o que deve ser como educador, de professor de escola a criador de idéias e
métodos". Sua filosofia educacional expressou-se primeiramente em 1958 na sua tese de concurso para a universidade do Recife, e, mais tarde, como professor de História e Filosofia da Educação daquela Universidade, bem como em suas primeiras experiências de alfabetização como a de Angicos - RN, em 1963.
A coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação que identifica a alfabetização com um de um ponto de vista processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados.
Grande parte da contribuição teórica de Paulo Freire resultou de suas experiências no nordeste do Brasil e em outros países da América Latina. Entretanto os diversos trabalhos que Paulo Freire exerceu nos países da África também contribuíram enormemente para enriquecer sua prática e sua teoria pedagógica, levando-o a repensar certos métodos e idéias de primeiro momento político-pedagógico.
. A partir da experiência de Angicos/RN, Paulo Freire avança com sua pedagogia pelo Brasil até ser preso após o Golpe Militar.
O exílio representou para ele a possibilidade de outras experimentações, de muitas vivências, de reconhecimento e consolidação de sua concepção e prática pedagógicas.
Bolívia, Chile, Estados Unidos e Suíça foram países-casa, territórios e povos que acolheram Paulo Freire e projetaram o educador para todo o mundo. Foi o exílio pedagógico, da produção, do aprendizado e da maturidade.
Atuou na Universidade Católica de Santiago, foi consultor especial da UNESCO, trabalhou na formação de adultos camponeses no Chile e depois na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos indo para Genebra, na Suíça, onde integrou o Conselho Mundial das Igrejas, como conselheiro educacional de governos do “terceiro mundo”.
Trabalhou no continente africano, em grandes projetos educacionais, inovando no método de alfabetizar, dialogando e transformando realidades de silêncio em vidas repletas de palavras e atos. “Andarilhou”, por toda a década de 1970, por países de todos os continentes.
Freire foi reconhecido mundialmente pela sua práxis educativa. Recebeu numerosas homenagens. Além de ter seu nome adotado por muitas instituições, é cidadão honorário de várias cidades no Brasil e no exterior. No Brasil, após o exílio, foi professor da Faculdade de Educação da Unicamp e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).
No Brasil e no mundo, Paulo Freire é referência da educação libertária e libertadora, seja na educação popular, o foco principal de sua obra pedagógica, seja na educação em geral.
Mas sua influencia está além do campo específico da educação. Além de tantos outros campos de saber, Freire está presente em muitos movimentos sociais de caráter progressista, como o Fórum Social Mundial e  o Fórum Mundial de Educação.

Faleceu no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia 02 de maio de 1997, vítima de um infarto agudo do miocárdio. Deixou 5 filhos e viúva.




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